O Diabo o veste Prada Nunca me diverti tanto com um livro desde o Diário de Bridget Jones. O Diabo o veste Prada é um livro hilariante, o que não faz dele de modo algum, um romance de cordel e fútil, antes pelo contrário, considero-o um manual de sobrevivência para o mundo cão em que vivemos. Andrea Sachs é uma jovem recém licenciada em literatura, que tem o sonho de trabalhar no seu jornal de referência, The New Yorker, que admira desde o tempo da faculdade. O caminho que tem de trilhar não vai ser “a estrada de tijolos amarelos”, uma vez que o emprego que consegue é o de assistente da editora de moda da revista mais famosa do momento, Runway, esse emprego dava às assistentes de Miranda Priestly a possibilidade de depois de um ano de trabalho, poderem escolher uma colocação em qualquer outra publicação. Assim sendo Andrea resolve abdicar de um ano da sua vida pessoal, da família, dos amigos, do namorado, dos seus gostos pessoais para se dedicar 24 sobre 24 horas à sua chefe que se torna num abrir e fechar de olhos na sua dona absoluta e exclusiva. Ela que era extremamente simples tem que por de parte os seus jeans, mocassins, as suas t-shirts, para usar só e exclusivamente roupa de marca, stilletos, calças de cabedal justíssimas, maquilhagem, para poder ser uma escrava, mas cheia de estilo. O seu trabalho como assistente de Miranda Priestly consiste em ir buscar inúmeros pequenos almoços, uma vez que não sabe nunca a que horas é que Miranda chegará e o mesmo deve estar sempre quente, tratar de almoços, jantares, mandar roupa para a lavandaria, levar cães ao veterinário, marcar cabeleireiros, maquilhagens, massagens, escolher cozinheiros, empregadas domésticas, amas para as filhas de Miranda, um sem fim de coisas que fazem do seu dia a dia um inferno, até porque Miranda vai telefonando de minuto a minuto e sempre que se lembra de mais um absurdo absolutamente inadiável, que Andrea tem que fazer, nem que seja praticamente impossível de concretizar. A vida de Andrea transforma-se num caos porque além de ter um trabalho desgastante, humilhante e sobretudo completamente improdutivo, ninguém das suas relações pessoais, amigos, família, namorado, consegue compreender qual é a importância de uma festa, da marcação de um cabeleireiro ou de um maquilhador. A única coisa que a vai animando é que no meio disso tudo, o seu lugar de assistente de Miranda também lhe abre algumas portas e vai conhecendo algumas pessoas interessantes. Depois de quase um ano a trabalhar na Runway, tem que ir a Paris com Miranda para a apresentação das colecções de alta-costura, e Paris acaba por ser para ela toda uma revelação. Miranda, depois de uma festa onde Andrea também teve que estar, conversa com ela e demonstra que tem uma restea de ser humano e inclusive incita Andrea a escrever, claro que fora das horas de trabalho, para ela poder analisar e encaminhar para o canal respectivo, e catapultar Andrea para o mundo a que realmente pertence. Como a vida nunca é como se projecta, as coisas correm mal, e Andrea quando chega ao hotel tem uma série de mensagens dos Estados Unidos no atendedor de chamadas, a sua melhor amiga teve um acidente, está em coma e sozinha. Andrea a um centímetro de conseguir o desfecho que tanto queria depois de um ano de sacrifício, resolve partir a louça toda, manda Miranda para o Diabo, e vai em auxílio da sua melhor amiga sem saber o que será a sua vida a partir daí. Quando a sua amiga está em recuperação começa a escrever umas histórias sem saber no que irão dar e que vai enviando para algumas publicações. A sua saída intempestiva da Runway fez correr muita tinta, é curiosamente a sua atitude aparentemente irreflectida que a leva para o caminho que tanto ambicionou, escrever para uma revista séria que aceita as suas histórias e da qual se torna colaboradora. Um merecido final feliz. Como disse no início, este livro pode parecer só mais umlivro leve e divertido, eu encontrei muito mais, a importância das relações humanas, dos valores insubstituíveis como o amor, a amizade, o companheirismo. Encontrei também o vírus mais perigoso dos meados do sec. XX e princípios do XXI, o vale tudo para quase tudo, o atropelo constante dos valores humanos, para conseguir uma promoção, para ser o/a escolhido/a, para ter um lugar ao sol. Hilariante e brilhante, atrevam-se.
Conta a história romântica de Lucíola e Paulo. Lucíola é uma cortesã de luxo do RJ em 1855. E Paulo um rapaz do interior que veio para o Rio para conhecer a Corte. Na primeira vez que Paulo viu Lúcia, julgou ela como meiga e angélica, mesmo seu amigo Couto contando barbaridades sobre ela e revelando a sua verdadeira profissão, Paulo manteve essa imagem em seu coração. Descobrindo sua casa, Paulo foi visitá-la, e sendo as circunstâncias favoráveis, ela entregou-se a ele como no mais belo ato. Depois disto, Lúcia passou a ser vulgar e mesquinha, desprezando o amor de Paulo, bem como havia dito Couto a respeito dos modos da moça. Paulo então viu Lúcia com outros homens, como Jacinto, e sentiu ciúmes, mas Lúcia justificou alegando ser ele apenas um negociante. Em uma festa a que tanto Paulo quanto Lúcia estavam presentes, todos os convidados beberam e jogaram a vontade, tanto os homens quanto as mulheres. Nas paredes havia quadros de mulheres nuas, e como era Lúcia uma prostituta, a pedido e pagamento dos cavalheiros, ela ficou nua diante dos presentes. Para Paulo aquela não era a imagem que ele havia visto na casa e na cama de Lúcia, esta era repugnante e vulgar, aquela bela e fantástica, não era Lúcia que ali estava, aquela jovem meiga que conhecera, e sim Lucíola, a prostituta mais cobiçada do Rio de Janeiro.Então Paulo retirou-se, alegando que já havia visto paisagens melhores. Lúcia arrependeu-se do que fez e eles se reconciliaram. Paulo a amava desesperadamente de forma bela e pura, Lúcia em seus conturbados sentimentos, decidiu então dedicar-se inteiramente a esse amor para que sua alma fosse purificada por ele. Então vendeu sua luxuosa casa e foi morar em uma menor e mais modesta. E contou a Paulo sua história: Seu nome verdadeiro era Maria da Glória e, quando em 1850 houve um surto de febre amarela, toda sua família caiu doente, do pai à irmãzinha. Para poder pagar os medicamentos necessários para salvá-los, Lúcia se deixou levar por Couto, quem a partir disso ela passou a desprezar profundamente. Nessa época ela tinha 14 anos, e seu pai, ao descobrir, a expulsou de casa. Ela fingiu então sua própria morte quando sua amiga Lúcia morreu, e assumiu este nome. Agora, com o dinheiro que conseguia, pagava os estudos de Ana, sua irmã mais nova. Paulo ficou muito comovido com a historia de Lúcia. Ele sempre a visitava e numa noite de amor ela engravidou, mas adoeceu. Lúcia acreditava que a doença era devido ao fato de seu corpo não ser puro. Confessou seu amor a Paulo e que pertencia a ele, queria que Paulo casasse com Ana, que tinha vindo morar com eles. Paulo recusou-se assim como Lúcia também recusou o aborto. E por isso ela morreu. Após 5 anos, Ana passou a ser como uma filha para Paulo, que a amparava. E 6 anos depois da morte de Lúcia, Ana casou-se com um homem de bem e Paulo continuou triste com a morte do único amor da sua vida. Lucíola é um romance urbano, em que Alencar transforma a cortesã em heroína, esta purifica sua alma com o amor de Paulo. Ela não se permite amar, por seu corpo ser sujo e vergonhoso, e ao fim da vida, quando admite seu amor, declara-se pertencente a Paulo. É a submissão do amor romântico, onde a castidade valorizada. Percebe-se também uma crítica social e moral ao preconceito. O romance causou comentários na sociedade. Paulo se viu dividido entre o amor e o preconceito. A atração física superou essa barreira, mas até o final ela se sentia indigna do amor de Paulo e do sentimento de igualdade que deveria existir entre os amantes.
Luísa casara-se com o engenheiro Jorge, apesar de não amá-lo. Tendo que viajar para o Alentejo, Jorge deixa a esposa em Lisboa, sozinha, entregue a uma vida de tédio, pois Luísa não tem nenhuma ocupação. Um dia, recebe a visita de seu primo Basílio, antigo namorado, recém-chegado do Brasil. Tornam-se amantes em pouco tempo, encontrando-se freqüentemente em um quarto alugado especialmente para esse fim amoroso.
Logo a criada Juliana descobre o relacionamento e intercepta a correspondência da patroa, escondendo as cartas comprometedoras de Luísa a Basílio. A criada passa a fazer chantagem com a patroa, e Luísa, desesperada, propõe a Basílio que fujam. Este não aceita a proposta da amante e parte sozinho para Paris.
À mercê da empregada, Luísa torna-se pouco a pouco uma verdadeira presa nas mãos de Juliana: é obrigada a fazer o serviço doméstico em lugar da criada e sua situação fica insustentável.
Jorge retorna do Alentejo e estranha bastante a situação da esposa. Luísa, desesperada, procura o amigo Sebastião e pede-lhe ajuda. Sebastião pressiona Juliana e recupera as cartas comprometedoras. A criada morre. Luísa fica doente em seguida. Um dia recebe uma carta de Basílio, que Jorge lê e toma conhecimento das relações entre a esposa e o primo. Quase convalescente, a moça tem uma recaída, delirando e entrando em estado irrecuperável. Termina por falecer.
· COMENTÁRIOS
Em O Primo Basílio, encontramos uma análise dos mecanismos do casamento e do comportamento da pequena burguesia lisboeta.
Eça deixa transparecer que escreve com o objetivo social, ao atacar a família lisboeta, que para ele é produto do namoro, reunião desagradável de egoísmos que se contradizem e, ao atacar a pequena burguesia, através de um grupo social alicerçado em falsas bases no meio da transformação moderna.
No decorrer da história o narrador nos mostra como se deu o casamento de Luísa e Jorge : – Quanto a Jorge : Ele, nunca fora sentimental (...) Quando a sua mãe morreu, porém, começou a achar-se só (...) Decidiu casar. Conheceu Luísa, no verão (...) Apaixonou-se pelos seus cabelos louros, pela sua maneira de andar, pelos seus olhos castanhos muito grandes. No inverno seguinte foi despachado, e casou."
E assim esse casamento sem maiores raízes, naufraga no adultério com a aproximação de um vulgar sedutor, o primo Basílio; o primeiro namoro de Luísa.
· O MORALISMO DO REALISMO PROTUGUÊS
Eça de Queirós não é apenas um analista (como propunha o realismo) nem apenas um artista, mas também um moralista.
Possuía uma finalidade ética e social a atingir, afirmando que uma sociedade sobre estas falsas bases (analisadas no Primo Basílio), não está na verdade : atacá-las é um dever (...) Amaro é um empecilho, mas os Acácios, os Ernestos, os Saavedras, os Basílios são formidáveis empecilhos; são uma bem bonita causa de anarquia no meio da transformação moderna : merecem partilhar com o Padre Amaro de bengala do homem de bem.
Neste trecho acima, percebemos claramente, o objetivo social, altruístico, com intuitos essencialmente morais.
Entretanto, os psicanalistas observam que as exigências morais do Super-Ego são satisfeitas por esse tom social altruístico e tornam possível a volta do recalcado, sob essa forma modificada.
Diante dessa afirmação, será que Eça ao tratar do seu mais íntimo e profundo problema não tenha colocado o moralismo, justamente, para censurar a si mesmo ?
Em O Primo Basílio encontramos a necessidade de se trabalhar pela moralização da sociedade portuguesa, principalmente através da crítica que se faz à pequena burguesia e à família. Como Eça disse : ... uma sociedade sobre falsas bases ...
Muitas de suas personagens estão destituídas de força moral. O Cons. Acácio, por exemplo, que representando o formalismo oficial, mantém um relacionamento, secreto, com a sua criada Leopoldina que representa a parte má que existe na alma da mulher e, também, a Luísa que, entregue à fantasia sentimental, é totalmente destituída de consciência moral, predispondo-se ao adultério.
Luísa adoece, com uma inesperada febre nervosa. Jorge toma conhecimento das relações da esposa com o primo, através de uma carta. Quanto Jorge mostra a carta a Luísa, esta, num gesto romântico, estatela-se ao chão
Tanto é assim, que quando doente, nos momentos de lucidez, Luísa pedia a presença do marido ao seu lado: é o lado moralizador do realismo português.
E, a morte de Luísa, é também muito significativa. Diante da tese desenvolvida em O Primo Basílio, achou-se necessário, como conclusão, castigar a heroína. O Castigo foi a morte.
Eça, como crítico, muitas vezes impiedoso, da sociedade portuguesa, sentiu a necessidade de reformas sociais, por isso, a tudo moralizou.
Eça de Queirós não é apenas um analista (como propunha o Realismo) nem apenas um artista.
Um Moralista
· possuía uma finalidade ética e social a atingir : Uma sociedade sobre estas falsas bases (analisadas no Primo Basílio), não está na verdade : atacá-las é um dever.
· portanto, escreve com um objetivo social, altruístico, com intuitos essencialmente morais.
· o consciente de Eça trabalha pela moralização da sociedade portuguesa, por isso, é um crítico impiedoso da sociedade portuguesa e sente a necessidade de reforma sociais.
O SEGREDO DE LUÍSA
O livro relata a trajetória de vida de Luísa, que se passa entre as cidades de Ponte Nova, interior de Minas Gerais, e Belo Horizonte , capital do Estado.
Graduando Odontologia em Belo Horizonte, para satisfazer os anseios de seus pais. Luísa acalentava o grande sonho de tornar-se uma empresária de sucesso, sonho este, que tinha como grande fonte de inspiração sua Tia Fernanda, uma comerciante nata, proprietária do Sereia Azul, um armazém de grande projeção comercial em Ponte Nova.
Produzindo uma goiabada cascão, Fernanda conquistou um grande número de admirados para o seu produto, e Luísa todas as vezes que retornava a cidade para passar o final de semana, levava para seus amigos da capital uma pequena quantidade desta goiabada. Após um grande número de elogios e pedidos de novas remessas da goiabada, Luísa percebeu então a oportunidade de realizar seu grande sonho, torna-se uma empresária, industrializando a produção de sua Tia.
Porém ao colocar seu objetivo em pratica, Luísa, percebeu que teria mais problemas e desafios do que imaginava, sendo que um dos primeiros foi convencer sua Tia a ajudá-la a prosseguir com os seus planos.
Mas sem pensar em desistir procurou Pedro, um professor de empreendedorismo, para que a orienta-se na realização de seu objetivo. Com esta orientação a mesma começa a realizar diversas pesquisas de campo, pesquisas de mercado, visitas e contatos criando assim uma rede de negócios para auxilia-la, entre estes contatos estava Eduardo, um amigo, que dominava a área administrativa.
Durante este período Luísa recebe uma proposta para trabalhar e futuramente assumir o consultório de um renomado Dentista de Ponte Nova, aliada a uma grande pressão de sues familiares, mas a mesma já está determinada a montar sua empresa.
Ao quebrar durante um longo período a rotina de voltar a Ponte Nova nos finais de semana, sua família começa a perceber que alguma coisa esta realmente acontecendo, e ao pressiona-la, ela declara seus reais objetivos, sendo que todos ficam contra seus planos.
Mas dando continuidade a seus planos convida o Sr. André, empresário de grande sucesso, para ser seu padrinho, impondo como condição de tornar-se seu consultor. A partir deste momento Luísa decide o fim de seu noivado, para dedicar-se em tempo integral a GMA – Goiabadas Maria Amélia Ltda,
Consolidando a venda de goiabada em tabletes, a GMA torna-se um grande sucesso tanto no mercado interno como no externo, após enfrentar vários desafios Luísa concretiza seus sonhos e tornar-se uma grande empresária, sendo agraciada com o prêmio de Empreendedor Global do Ano.
Para esclarecer qual era o Segredo de Luísa, Eduardo, seu namorado, completamente inseguro com as constantes saídas de Luísa, resolve segui-la e chega até a Instituição " Caminhos da Criança", onde ela desenvolve um trabalho social.
CRITICA DO RESENHISTA
Esta obra nos demonstra não somente os processos para abertura de uma empresa, mas enfoca principalmente a capacidade empreendedora existente em todos nós, necessitando apenas de um desenvolvimento eficaz.
O autor, Fernando Dolabela, utiliza um método atraente e estimulante ao relatar seus conhecimentos e crenças em um romance onde informações técnicas são expostas de formas claras e agradáveis para o leitor.
Esta obra tornou-se uma grande ferramenta de divulgação do empreendedorismo no Brasil, estimulando estudantes de todas as idades a sonharem a possuir seu próprio negócio, mas conscientes da necessidade de informações mercadológicas adequadas e persistência, empenho e determinação do empreendedor.
Demonstra também a importância em conseguir definir a diferença entre uma idéia e uma oportunidade, fator primordial para o sucesso da empresa, a escolha de um padrinho e um critico para a elaboração do plano de negócios.
" O Segredo de Luísa é um trabalho sério e oportuno quando se desperta para a realidade de que, num mundo sem empregos, é essencial apresentar uma alternativa aosjovens, estimulando neles o espírito empreendedor e dando-lhes instrumentos para encontrar um lugar no mercado."
INDICAÇÕES DO RESENHISTA
O Segredo de Luísa é indicado para empresários, gerentes e estudantes de todas as áreas e pessoas determinadas a desenvolver e alcançar o sonho do próprio negócio.
Esta obra tornou-se um marco no ensino do empreendedorismo, sendo indicado para todas as instituições que atuarem nesta área.
Madame Bovary é com certeza um dos mais belos romances de lingua francesa, ou porque não dizer, um dos mais belos e elaborados romances escritos durante a história da humanidade.Escrito por Gustave Flaubert em?? a narração parte de uma experiência do escritor, médico de profissão, escritor por vocação que estando em Rouen, perto de Paris, toma conhecimento do suicídio de uma jovem senhora, que depois de ter levado o marido à ruina ingere arcênico e falece. Flaubert este durante oito anos pesquisando a vida desta senhora e como requer o romance realista, em posse de dados muito próximos da realidade escree o romance, que lhe custou um processo por ultraje à moral do qual se livrou alegando ter escrito o livro como forma de mostrar qual deve ser o fim de uma mulher adúltera. O livro narra a história de Ema Bovary, esposa do médico Charles Bovary, um homem fracassado e medíocre que desperta na mulher todos os sentimentos contrários aquilo a que havia idealizado durante a mocidade. Ema fora criada em um convento e por não apresentar sinais verdadeiros de que tivesse vocação para ser freira volta à casa do pai e ali vive uma vida pacata no campo, lendo os romances românticos idealizados de Walter Scott. Charles fora desde menino tímido e sem iniciativa, tendo um pai omisso fora sempre controlado pela mãe e acaba por tornar-se médico. A mãe então indica-lhe uma viúva de posses com quem o rapaz se casa e vive uma vida morna de sentimentos. Certa ocasião o pai de Ema quebra a perna e então Charles vai prestar atendimento ao pai da jovem, ocasião esta em que acabam se conhecendo.
Posteriormente as visitas à casa de Ema se intensificam em virtude da saúde seu pai. Logo Charles fica viúvo e daí ás núpcias é um curto intervalo de tempo.
Ao casar a moça sente que ascenderá socialmente, que viverá a vida dos salões, em contato com os nobres, mas logo entra num estado de profunda nostalgia ao perceber que o casamento constitui de uma vida monótona, cercada aos afazeres do lar.
O casal então decide mudar-se para Roeun e quando isto ocorre Ema está grávida de Berthe. Instalando-se na nova cidade, Charles de certa forma ameaça com sua presença o farmacêutico Romais que executa as funções de médico no local. Surge entre as duas famílias um clima de inveja, que não se deixa transparecer totalmente. Ema conhece Leon , um jovem com quem trava amizade e um amor platônico, no entanto logo o rapaz se dirige a Paris para estudar Direito o que desencadeia na Senhora Bovary uma incrível sensação de solidão que é superada pelo aparecimento de Rodolfo, fidalgo decaído que vive de aparências com quem Ema vive um intenso caso de amor e com quem planeja fugir, no entanto na data marcada, Rodolfo lhe envia um bilhete alegando que não iria levá-la para o seu próprio bem, a jovem Senhora então entra em crise de depressão profunda, tempo em que se recolhe a religiosidade e se dedica ao marido.
Com a volta de Leon de Paris, Ema novamente se lança às suas aventuras amorosas e perde todos os limites do bom senso, envolvendo-se cada vez mais em dívidas, assina muitas notas notas promissórias, dominada pelo consumismo e pela personalidade ansiosa que a conduz finalmente ao fundo do poço. Sem saída para as dívidas e tendo perdido mais uma vez o amante, ela resolve tomar arcênico, depois de um perído agonizante ela falece. Charles não suporta a ausência da esposa e acaba morrendo de ataque cardíaco fulminante, na condição mais degradante que um ser humano é capaz de alcançar. Berthe depois da morte da tia com quem ficara depois da morte dos pais, vai trabalhar em uma tecelegem como operária e assim se dá o desfecho da trágica história da Senhora Bovary.
A história tem como cenário a cidade de Verona. Duas famílias poderosas são inimigas mortais: a família Montecchio e a família Capuleto. Vivem em constantes conflitos, os quais perturbam a ordem e a paz da cidade. Tais acontecimentos provocam a ira do Príncipe que determina severa punição aos envolvidos nos conflitos: caso as brigas e provocações não cessassem, seriam punidos com a morte. Romeu, um jovem Montecchio passional e destemido, sofre de amor por Rosalina. Tem como melhores amigos e companheiros Benvólio e Mercúcio. É convidado por estes, no intuito de fazê-lo esquecer Rosalina, a ir ao baile de máscaras dos Capuleto. Romeu encanta-se por uma jovem e bela moça, que descobre ser Julieta Capuleto, que corresponde ao encantamento. Mais tarde, Romeu invade o jardim da casa de Julieta e, escondido, ouve Julieta declarar seus sentimentos por ele. Decide revelar sua presença e após trocarem juras de amor, marcam o casamento para o dia seguinte. Romeu vai à cela de Frei Lourenço e convence-o a realizar a cerimônia secreta. Com a ajuda da Ama de Julieta, a cerimônia é realizada. Após a cerimônia, Romeu presencia um duelo entre seus amigos e Teobaldo, um Capuleto, primo de Julieta. Mesmo desafiado Romeu nega-se a lutar, mas Teobaldo mata Mercúcio e Romeu, tomado pela cólera, mata Teobaldo. O Príncipe abranda a punição e permite que Romeu viva, mas resolve bani-lo da cidade para sempre. Romeu refugia-se na cela do Frei Lourenço. Julieta, prometida ao Conde Páris, recebe a notícia dos acontecimentos e mantém-se apaixonada por seu marido. Manda a Ama procurá-lo e entregar-lhe um anel como prova de seus sentimentos. Pede que Romeu vá ao seu quarto durante a noite. Romeu e Julieta passam a noite juntos. A Ama, apesar de ajudá-los tenta convencer Julieta de que Romeu não serve para ela. Julieta zanga-se com a Ama. Romeu parte para Mântua logo pela manhã, após o canto da Cotovia, que simboliza o amanhecer. Enquanto isso, os pais de Julieta resolvem casá-la com o Conde Páris. Desesperada Julieta pede ajuda ao Frei que a aconselha a aceitar o casamento para despistar seus pais. Dá a ela um frasco de elixir para simular sua morte e montam um plano: Julieta deveria tomar o conteúdo do frasco, sua família acreditaria em sua morte, o casamento com o Conde não se realizaria e o Frei, através de uma carta explicativa, mandaria Romeu voltar para que ficassem juntos. Porém a carta se extravia e Romeu recebe a notícia da morte da amada. Compra um veneno e desesperado decide morrer também. Volta à cidade e defronta-se com o Conde no mausoléu onde está Julieta. Travam duelo e Romeu assassina-o. Toma o veneno diante do corpo de Julieta e morre abraçado a ela. Frei Lourenço chega para tentar impedi-lo, mas é tarde, foge para não ser desmascarado e punido, porém antes acorda Julieta, que horrorizada decide ficar junto de seu grande amor. Julieta beija Romeu para tentar absorver o veneno de seus lábios e morrer também, mas sua tentativa é frustrada. Apanha a adaga de Romeu e apunhala-se, morrendo junto de seu marido. As famílias, após descobrirem os sacrifícios dos jovens, perdoam-se mutuamente e juram manter a paz em nome do amor de seus filhos.
Simão Botelho e Teresa de Albuquerque, membros de família rivais da cidade de Viseu,em Portugal.apaixona-se "perdidamente " ,no entanto, logo percebem à impossibilidade da realização desse amor por meio do casamento, pois suas famílias eram declaradamente inimigas. Não tarda muito para os jovens amantes sentirem todo o ódio de seus pais. Tadeu de Albuquerque, pai de Teresa, ao descobrir o romance, trata de prometer a mão de sua filha a seu sobrinho Baltasar Coutinho. No entanto, a moça rejeita o pretendente fato que irrita profundamente o pai.Surge, nesse momento, o segundo grande elemento complicador. Desprezado e ofendido em seus brios Baltasar alia-se ao tio e juntos tramam o destino da pobre Teresa. Decididos, procuram persuadi-la a esquecer Simão, sob pena de a encerrarem em um convento. Teresa, temendo a ira de seu pai diante do rompimento causado por sua desobediência, aceita passivamente seu destino, prometendo afastar-se de Simão. No entanto, da repulsa ao casamento imposto por seu pai, ela continua irredutível. A moça não aceitava um casamento contrário às regras de seu coração. Na casa dos Botelhos, concomitantemente a esse fato, o pai de Simão, muito irritado com aquela desdita paixão resolve por fim ao romance entre seu filho e Teresa, enviando o jovem Simão a Coimbra para concluir seus estudos, almejava com isso sufocar o amor dos jovens pela distância.
Porém, nem mesmo esse empecilho foi capaz de destruir esse infortúnio sentimento. Teresa mesmo confinada em sua casa escrevia a Simão, contando os dissabores por que passava e haveria de passar, sob as pressões de seu primo e de seu pai. Contudo, mesmo diante dessas adversidades, os amantes clandestinamente se comunicavam por cartas com certa freqüência. Comunicação essa, que mais o amor dos dois. Simão, enlouquecido pela saudade de sua amada, decide ir a Viseu encontrar-se com Teresa. Furtivamente, é hospedado pelo ferreiro João da Cruz, homem destemido, forte e fiel. Sob proteção de João, Simão tenta chegar à casa de Teresa, mas lá estava Baltasar comemorando o aniversário da prima. O astuto Baltasar consegue perceber a ansiedade de Teresa e deduz o que estava para acontecer. No meio da festa a jovem tenta falar com Simão no jardim, contudo o casal é surpreendido, arma-se uma confusão que culmina com as mortes de dois criados de Baltasar.Desse entrevero Simão sai ferido.O rapaz busca refúgio na casa de João da Cruz para recuperar-se dos ferimentos.Entretanto, ainda não estava determinado o fim desse romance. Os amantes ainda mantinham comunicação por meio de uma velha mendiga que passava com freqüência sob a janela do quarto de Teresa. Para punir a rebeldia da filha, Tadeu de Albuquerque decide mandá-la a um convento do porto -chamado Monchique - cuja prioresa era patente de Teresa. Antes, porém, a jovem é recolhida em um convento na própria cidade de Viseu, enquanto Tadeu aguardava a resposta do Porto. Em Viseu, na casa do ferreiro, Mariana, filha de João da Cruz, torna-se a enfermeira de Simão, tratando-o com muito cuidado. Nasce nela um profundo amor pelo enfermo. Amor esse não revelado pela moça.
Mariana, sabedora que Simão e Teresa não estavam conseguindo manter a comunicação, visto que Teresa estava sob rigorosa vigilância, resolve ajudar os amantes. Mariana vai até o convento com a desculpa de visitar uma amiga. Sua ação é bem sucedida, a filha de João da Cruz consegue falar com Teresa e essa manda um recado a Simão. Nele a jovem fala de sua impossibilidade de escrever a Simão e que ela iria para um convento na cidade do Porto. Simão ao tomar conhecimento dos fatos, fica furioso e, em um acesso incontido de raiva, decide tentar raptar Teresa de seu fatídico fim no convento. O jovem defronta-se com Baltasar, na tentativa de resgatar a amada. Mesmo diante de várias testemunhas o jovem Simão atinge Baltasar com um tiro mortal. Em meio à confusão surge João da Cruz que procura dar cobertura a fuga de Simão, contudo esse recusa-se a fugir entregando-se a prisão. Simão é preso e condenado a morte. Porém, devido à interferência do corregedor Domingos Botelho, pai de Simão, a pena é convertida ao degredo nas Índias. Em meio a tanta tragédia, Simão ainda preso no Porto, toma conhecimento que seu fiel amigo João da Cruz havia sido assassinado. Mariana, sem ter mais ninguém, resolve acompanhar Simão ao desterro. Essa situação aflora, no coração da jovem Mariana, a esperança de concretizar o seu amor por Simão. A sentença do desterro sai, Simão é condenado a ficar dez anos na Índia. Enquanto para Mariana o degredo é sinônimo de esperança, para Simão, a Índia é sinônimo de humilhação e miséria. Teresa começa a ter sua saúde abalada. Definha, cada vez mais triste e muito magoada, a linda fidalga parece ter perdido a vontade de viver. Seu fim aproxima-se, recusa-se a evitá-lo.Ao em arcar rumo à Índia, Simão contempla Monchique e vê, pela última vez no mirante do convento, a mulher que fora responsável por tudo aquilo.Também Teresa contempla o navio que levava seu amado. Logo após, Teresa morre. Simão, antes de seguir seu destino, toma conhecimento da morte de Teresa e, profundamente consternado e deprimido, segue rumo ao degredo.
Ainda, muito consternado ele guarda algumas cartas de Teresa, seu corpo vai sendo consumido pela morte. Alguns dias após a viagem, Simão morre vitimado pela febre. Mariana não resistindo à perda do amado, rompe o silêncio com gritos que saem do mais fundo do seu coração. Quando percebe que seria impossível viver sem a presença de Simão, a filha do ferreiro entrega-se às revoltas águas do mar, as quais já haviam recebido o corpo de Simão.O suicídio de Mariana marca o fim da trágica história dos Botelhos e Albuquerque.