Desejo compartilhar, através destas linhas despretensiosas, algumas idéias e conceitos desenvolvidos neste livro, com as pessoas que aqui aportarem. Esta leitura me levou a profundas reflexões e à revisão de alguns paradigmas, que são o pano de fundo do modo de viver de muitas criaturas, não só em relação às suas atitudes profissionais como também à sua vida pessoal. Talvez consiga oferecer informações aos meus leitores, que ainda não conhecem o livro, para que possam decidir se querem ou não fazer esta fascinante reflexão, lendo O Monge e o Executivo!O autor montou com muita habilidade uma história em que, com o auxílio de interessantes personagens, de forma dinâmica e vibrante, nos ensina conceitos de liderança surpreendentes. Ele nos conta a trajetória de John Daily, um executivo bem sucedido, que se viu, em determinado momento de sua vida, com problemas sérios na sua profissão, na sua família e até mesmo no time de beisebol que treinava. Embora a contragosto, vai conversar com o pastor de sua igreja, a pedido de sua esposa. Para sua surpresa, é orientado a participar de um retiro num mosteiro Beneditino e só aceitou a sugestão, porque descobriu que lá se encontrava como frade, um lendário executivo, famoso por transformar empresas à beira da falência em negócios bem sucedidos: Len Hoffman. Assim, chega John ao mosteiro com todos os seus conflitos e com toda a sua arrogância! Ele e mais cinco participantes iniciam o aprendizado. Só tinha em comum a questão da liderança. Teve o privilégio de fazer o curso com Simeão, novo nome dado a Leonard Hoffman. Colocaram-se em discussão muitas idéias e conceitos sobre liderança. Apesar, a princípio, de parecer um discurso religioso, pode-se notar que o assunto abordado tem caráter universalista e remete o leitor a reflexões emocionantes sobre o seu comportamento profissional, na família e no seio das comunidades onde transita, possibilitando muitas vezes o entendimento dos sucessos e fracassos na sua trajetória. Alguns destes conceitos são a base para o entendimento do modelo de liderança proposto. Simeão fala, por exemplo, da diferença entre autoridade e poder, esclarecendo que autoridade é a habilidade de influenciar as pessoas no sentido de fazerem prazerosamente o que você quer que elas façam e poder é simplesmente coação no mesmo sentido independentemente da vontade delas. Estabelece também diferença entre gerenciar e liderar, explicando que se gerencia coisas e se lidera pessoas. Fala sobre velhos paradigmas, onde o presidente ou o patrão está no topo e os subordinados, todos com atenção voltada para lá, estão muito mais preocupados em agradar o chefe do que em atender às necessidades dos clientes. O seminário atinge o ponto alto quando Simeão, para espanto geral, fala do amor que todo líder precisa ter por seus liderados. Ele conceitua aí o amor de uma forma que quebra todas as resistências. Diz que o grego antigo tem vários termos para exprimir a idéia de amor: EROS está mais relacionado á sensualidade; STORGÉ, que é afeição; PHILOS, fraternidade, uma espécie de amor condicional e finalmente AGAPÉ ou o verbo AGAPAÓ, que é o amor incondicional, baseado em escolha, em comportamento e atitude. Quando Jesus nos pede para amar nossos inimigos, o verbo utilizado nos originais gregos é AGAPAÓ. Ensina, então, o mestre Simeão que o amor verdadeiro não está necessariamente assentado no sentimento, mas na vontade. Em seguida ele fala a seus alunos sobre a epístola de São Paulo aos coríntios que descreve as características do amor. Os alunos ficam surpresos ao verificarem que as qualificações do amor resulta numa lista muito semelhante a outra que foram solicitados a fazer sobre as qualidades do líder.No final todos haviam entendido que a liderança , segundo a visão revolucionária deste brilhante mestre, deve ser exercida com autoridade, conquistada com muita dedicação e sacrifício mesmo. O amor, segundo o conceito explanado por Simeão, deve ser o sustentáculo

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