1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O presente trabalho tem por objetivo relatar as atividades desenvolvidas durante a aplicação do projeto de intervenção intitulado: A construção do leitor a partir do lúdico: um processo dinâmico de ensino-aprendizagem e Psicomotricidade: um processo de ensino-aprendizagem envolvendo o lúdico, tendo como público alvo alunos do curso de Pedagogia da Instituição AEDCON, ministrado pela professora Maria Madrilene de Carvalho Costa.
Percebe-se, que o acadêmico ao adentrar uma sala de aula na condição de estagiário para aplicação de um projeto de intervenção é sempre uma experiência diferente, já que por mais que se julgue conhecer o contexto escolar, sempre há situações inesperadas e/ou inusitadas em seu interior.
A esse respeito, entende-se que o acadêmico ao deparar com a aplicação do projeto, leva consigo uma espécie de bagagem teórica aprendida nos bancos universitários. Isto porque no curso das disciplinas ele vai conhecendo, teoricamente, os vários elementos que compõem o contexto escolar.
Muitas vezes o acadêmico ao se dar conta desse impasse opta por ignorá-lo, adaptando-se a comportamentos estabelecidos na escola, mesmo que os negue teoricamente, e segue suas atividades sem dar esse passo adiante, o de procurar melhorar o ambiente a sua volta, é nesse momento que ele se desprende dos seus ideais e objetivos e passa a ser só mais um professor entre tantos que se prende ao lado burocrático da escola e não procura inovações na sua forma de ensinar. Nesse contexto o presente trabalho tem por objetivo relatar as atividades desenvolvidas durante a aplicação do projeto de intervenção realizado com alunos do Curso de Pedagogia da EADCON.
O projeto de intervenção visa provocar mudanças em um certo grupo de um dado ambiente, no sentido de fortalecer a relação teoria e prática baseado no princípio metodológico de que o desenvolvimento de competências profissionais implica em utilizar conhecimentos adquiridos, quer na vida acadêmica quer na vida profissional e pessoal. Sendo assim, o projeto constitui-se em um importante instrumento de conhecimento e de integração do aluno na realidade social, econômica e do trabalho em sua área profissional.
Os dados relativos ao estágio serão apresentados seguindo a seguinte estrutura: Embasamento teórico, Elaboração e Execução do projeto de intervenção, Contextualização teórico – prática, Considerações finais e por fim as referencias de autores consultados para a conclusão do projeto. Além dos planos de ação; e anexos que contêm fotos e atividades realizadas em sala de aula.

2 EMBASAMENTO TEÓRICO

O projeto de intervenção é entendido como uma técnica utilizada por consultores de organizações e serve para provocar mudanças num dado ambiente organizacional.
Normalmente a técnica de intervenção é feita por alguém que não faz parte do grupo que precisa ser alterado.
Compreendendo as opiniões e as forças que estão atuando no grupo e identificar aquelas que são impulsoras e restritivas ao desenvolvimento do grupo, para a partir daí, trabalhar o grupo (intervir) para ressaltar as forças impulsoras e minimizar as forças restritivas, por meio de dinâmicas de grupo, confrontação e outras técnicas.
A importância do projeto de intervenção está em promover a mudança no comportamento de grupos de qualquer tipo, seja no ambiente familiar, escolar ou profissional. Por exemplo, quando alguém pede a alguém que fale com outra pessoa sobre um problema, esse alguém está fazendo uma intervenção.
Enfim Projeto de intervenção é um planejamento que se faz para reformar algo que vem apresentando problema ou inviabilidade. O roteiro é mesmo que o de um projeto inicial. Chama-se projeto de intervenção porque vai interferir em algo que já existe.
Um projeto ou planejamento é extremamente importante em qualquer tempo, pois, previne maiores riscos. Esse documento deve ser continuamente consultado e alterado sempre que precisar.

2.1 FASE PREPARATÓRIA

A fase preparatória do presente projeto, deu-se, a partir das aulas introdutórias ministradas pela professora Maria Madrilene de Carvalho Costa, através de textos, apostilas, lâminas e apresentação do Painel que teve como foco contextualizar os projetos através do referencial teórico de diversos autores.

2.2 PROJETOS: FUNDAMENTAÇÃO

O trabalho com projetos é positivo tanto para o aluno quanto para o professor. Ganha o professor, que se sente mais realizado com o envolvimento dos alunos e com os resultados obtidos; ganha o aluno, que aprende mais do que aprenderia na situação de simples receptor de informações. Assim a informação passa a ser tratada de forma construtiva e proveitosa e o estudante desenvolve a capacidade de selecionar, organizar, priorizar, analisar, sintetizar etc.
O projeto nasce de um questionamento, de uma necessidade de saber, que pode surgir tanto do aluno quanto do professor. A chave do sucesso de um projeto está em sua base: a curiosidade, a necessidade de saber, de compreender a realidade.
Para Fernando Hernandez, “todas as coisas podem ser ensinadas por meio de projetos, basta que se tenha uma dúvida inicial e que se comece a pesquisar e buscar evidências sobre o assunto”.
Contudo, isso não quer dizer que todo conhecimento obrigatoriamente seja construído por meio de projeto. O autor não nega que haja necessidade de aula expositiva, de trabalhos individuais e em grupo, participem de seminários, ou seja, estudem em diferentes situações.
As principais vantagens de se trabalhar através de projeto é que a aprendizagem passa a ser significativa, centrada nas relações e nos procedimentos. Uma vez identificado o problema e formuladas algumas hipóteses, é possível traçar os passos seguintes: definição do material de apoio para a pesquisa, que será utilizado para a busca de respostas, de confirmação ou não das hipóteses levantadas. As ações a serem desenvolvidas evidentemente serão determinadas pelo tipo de pesquisa.
A socialização dos resultados é parte fundamental de um projeto e é de suma importância para os membros que participaram da pesquisa a construção da integração entre os pesquisadores e a comunidade.
Encerradas as atividades de desenvolvimento, não se deve fugir da avaliação, pois é aqui onde serão focalizados os acertos e erros, que servirão de instrumento para novos aprendizados com o objetivo principal de sempre querer fazer melhor.
Para Paulo Freire, ao trabalhar com projetos interdisciplinares, “tanto educadores quanto educandos envoltos numa pesquisa, não serão mais os mesmos”. Os resultados devem implicar em mais qualidade de vida, devem ser indicativos de mais cidadania, de mais participação nas decisões da vida cotidiana e da vida social. Devem, enfim, alimentar o sonho possível e a utopia necessária para uma nova lógica de vida”.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio (PCNEM),

“A interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição de disciplinas e, ao mesmo tempo, evitar a diluição delas em generalidades. De fato, será principalmente na possibilidade de relacionar as disciplinas em atividades ou projetos de estudo, pesquisa e ação que a interdisciplinaridade poderá ser uma prática pedagógica e didática adequada aos objetivos do Ensino Médio”.(Parâmetros Curriculares nacionais, 2005, pg.65)

O trabalho com projetos pode ajudar, e muito como trabalhar cientificamente e de forma interdisciplinar. É necessário que se aprenda a penetrar no âmago da abordagem científica e estabelecer pontes entre as diferentes disciplinas, desenvolvendo a capacidade de conectar-se, adaptar-se às exigências da vida profissional com flexibilidade, e capacidade de atualizar-se constantemente, sempre com muita criatividade, e sabendo agir de forma cooperativa.
Precisa-se buscar uma educação dirigida para a totalidade do ser humano: intelectual e sensível, porque a inteligência assimila o conhecimento muito melhor e muito mais rapidamente quando esse conhecimento também é compreendido com o corpo e com o sentimento. Para tanto a escola deve estar livre de qualquer controle ideológico, político ou religioso, permitindo que o outro construa o seu conhecimento. A escola precisa adotar uma postura de neutralidade diante de todo e qualquer tema.
O trabalho com projetos dentro da escola vai ensinar a todos: professores e alunos a trabalharem de forma interdisciplinar e cooperativa. Não tem receita. É só começar e o resto flui de forma surpreendente, porque todos aprendem com todos e é assim que vai ser construída uma inteligência coletiva local, estabelecendo um diálogo entre as várias abordagens culturais, capaz de participar da inteligência coletiva planetária, através de interações em escala mundial. Para isso é necessário, incentivar o desenvolvimento de todos os meios técnicos disponíveis, promovendo o domínio público da informação. Aprender a pensar com clareza nas coisas e em seus contextos, com olhos no desenvolvimento industrial e na inovação tecnológica a fim de assegurar que suas aplicações não contradigam uma ética da responsabilidade perante outros seres humanos e o meio ambiente.

3 ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO DO PROJETO DE INTERVENÇÃO

O Projeto de intervenção intitulado: A construção do leitor a partir do lúdico: um processo dinâmico de ensino-aprendizagem e o Projeto: Psicomotricidade: um processo de ensino-aprendizagem envolvendo o lúdico. Foi minuciosamente elaborado com base em leituras de renomados autores como FERREIRO, PERRENOUD, MICOTTI, TEBEROSKY e outros.
A principio foi realizada, uma consulta via internet, para tirar dúvidas quanto ao assunto aplicado no projeto. E posteriormente, iniciou-se, a elaboração do projeto através de cartazes, textos, lâminas, apostilas, jogos lúdicos e filme envolvendo a temática do projeto.
A realização do projeto tem por finalidade atingir os alunos do curso de Pedagogia da Instituição AEDCON, no intuito de que os mesmos adquiram conhecimentos necessários para sua formação acadêmica.

3.1 – PLANEJAMENTO PREPARAÇÃO DO MATERIAL

O planejamento foi elaborado com base em estudos teóricos sobre ambas as disciplinas: Prática de Ensino de Psicologia da Educação e Fundamentos e Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa a serem ministradas durante a aplicação do projeto: A construção do leitor a partir do lúdico: um processo dinâmico de ensino-aprendizagem e Psicomotricidade: um processo de ensino-aprendizagem envolvendo o lúdico, tendo como público alvo alunos do curso de Pedagogia da Instituição AEDCON.
As reuniões para discussão e Planejamento do Projeto foram realizadas no período de 15 de fevereiro a 15 de março de 2008.
A primeira reunião foi realizada no dia 15 de fevereiro de 2008, foi precedida para a escolha do material didático a ser aplicado e divisão entre o grupo de disciplina e conteúdo.
A segunda reunião foi realizada no dia 20 de fevereiro, teve o propósito de uma produção prévia do Plano de ação distribuído entre o grupo, com auxilio do material didático já selecionado.
A terceira reunião realizou-se no dia 25 de fevereiro, objetivou-se utilizar o computador para pesquisas na Internet.
A quarta reunião realizada no dia 26 de fevereiro teve o objetivo de produzir textos a serem aplicados aos alunos, escolha de dinâmicas e materiais lúdicos.
A quinta reunião realizada no dia 01 de março procedeu-se a confecção de cartazes, painéis, Mural a elaboração das dinâmicas e metodologias.
A penúltima reunião ocorreu dia 10 de março para concluir o planejamento do projeto. Discutiu-se a apresentação das disciplinas e arrumação da sala de aula para recepção dos cursandos.
A última reunião no dia 15 de março. Teve o intuito de interar o grupo para conclusão da proposta do Plano de ação.

3.2 APLICAÇÃO METODOLÓGICA

3.2.1 - 25/03
O Projeto: Psicomotricidade: um processo de ensino-aprendizagem envolvendo o lúdico, voltado aos cursandos do curso de Pedagogia da Instituição AEDCON. Ressaltou a importância da psicomotricidade no desenvolvimento da criança, pois através dela é possível buscar um comportamento resultante da integração de condutas motoras, afetivas e cognitivas em interação com pessoas e objetos do meio ambiente.
A aula deu inicio com as explicações teóricas, com materiais expostos como, isopor, caixas e outros para melhor associar o assunto. As dinâmicas prevaleceram com propostas de atividades para serem trabalhadas em sala de aula, pelos cursandos. O desenvolvimento da dinâmica deu-se, com macinhas de modelar, explicando logo em seguida após a dinâmica que o principal objetivo seria trabalhar a coordenação motora fina.
No segundo momento houve explicações com dinâmicas desenvolvendo a lateralidade, equilíbrio, agilidade e percepção. Para fechar a aula, exibiu-se o filme vem dançar, que retrata cenas de alunos rebeldes de uma escola, que a partir da dança corporal mostraram-se aptos ao ensino-aprendizagem.
Portanto esse trabalho trouxe grande êxito, pois todos compreenderam a mensagem passada. Os alunos interagiram entre si, obtendo assim um retorno positivo através de trocas de experiências.

3.2.2 – 28/03
O segundo encontro do projeto de intervenção com o tema: A construção do leitor a partir do lúdico: um processo dinâmico de ensino-aprendizagem, com alunos do curso de Pedagogia da Instituição AEDCON, teve como foco apresentar formas de resgatar o hábito da leitura através do lúdico. Apresentou-se a proposta para a confecção de materiais simples e direcionados ao processo de ensino-aprendizagem de forma significativa.
Para a palestra, foi aplicado como conteúdo, textos de autores renomados como FERREIRO e PERRENOUD. E propostas a partir de cópias xerográficas de textos infantis e adultos. Além de priorizar materiais recicláveis como jornais e revistas velhas, para o resgate da leitura. Dentro de certas limitações pela própria Faculdade não foi possível o uso de recursos tecnológicos tais como vídeo e data-show, mas esse imprevisto não atrapalhou o desenvolvimento da aplicação do projeto. Utilizou-se para a oficina, cola branca e papel sulfite, para a confecção da história em código realizada pelos próprios alunos do curso, além de papel Kraft, lápis preto, caneta, recortes; livros, jornais e revistas para pesquisa, livros de arte e literatura, gravuras, canetas hidrocor, lápis de cor, giz de cera, tinta acrílica, tinta látex e pincéis,
Porém, no final desse encontro, foi conversado com o grupo como a integração e a troca de experiências entre professor X aluno X aluno, pode favorecer a qualidade da interação e o engajamento da turma. E a importância do professor buscar recursos lúdicos para estimular o aprendizado significativo do aluno.

3.2.3 – 30/03
De forma expositiva e explicativa, no dia 30 de maio de 2008, deu-se continuidade a aplicação do Projeto: A construção do leitor a partir do lúdico: um processo dinâmico de ensino-aprendizagem. Com auxílio de recursos audiovisual foi abordado o tema Alfabetizando com sucesso: a prática da alfabetização, explicando as maneiras possíveis de leitura e escrita; a arbitrariedade dos símbolos, à convencionalidade, que permitem a leitura, a categorização dos símbolos no sistema de escrita da língua portuguesa, a escrita como representação da fala no seu sentido amplo. Tendo por finalidade, envolver a construção do leitor, a partir do lúdico, oferecendo subsídios e sugestões para a ação dos educadores, contribuindo para satisfazer a necessidade de utilização dos recursos didáticos e procedimentos metodológicos quanto a uma alfabetização de sucesso.
No percorrer da aula houve uma fértil troca de opiniões e sugestões entre os participantes, em que constatou-se a aquisição dos objetivos estabelecidos na aplicação dos conteúdos em sala de aula.

3.3 RESULTADOS ALCANÇADOS

Percebe-se, que o projeto de intervenção realizado, teve seus objetivos alcançados já que propiciou novos saberes aos cursandos do Curso de Pedagogia da Instituição AEDCON. Que através de uma Pedagogia lúdica, aprenderam atividades interativas no processo de ensino da leitura e da escrita, com a finalidade de alfabetizar o leitor.
Conclui-se assim que o trabalho por meio de projetos constitui-se numa ferramenta fundamental para a prática de um trabalho coerente com as atuais concepções de ensino e aprendizagem.

3.4 AVALIAÇÃO DA ATUAÇÃO

Como em qualquer campo de atuação, o conhecimento profissional do professor, representa um conjunto de saberes que o habilita e que deverá estar a serviço da atuação pedagógica e a função primordial será a de promover o desenvolvimento e as diferentes aprendizagens.

4 CONTEXTUALIZAÇÃO TEÓRICO – PRÁTICA

O impasse entre o conhecer teórico e o fazer pode gerar efeitos tanto negativos quanto positivos na formação do professor.
Negativos para aqueles que se prendem tão somente às suas verdades e receitas prontas ou, ainda, que se entregam ao ativismo sem se incomodar com os resultados de seu trabalho, com a coerência e sentido dessas ações para a sua formação, recusando-se, assim, a buscar elementos para reflexão de suas ações práticas, de modo a promover uma síntese de novos conhecimentos.
Positivo àqueles que aproveitam o momento de frustração como motivo para superar o limite da percepção simples, buscando apreender as relações mais complexas do conhecimento teórico e prático.
Acerca dessa segunda atitude, vale salientar que ela ocorre à medida que o conflito estabelecido suscita inquietações que levam o acadêmico a buscar meios para compreensão e resolução dos problemas encontrados, em um movimento que envolve a prática inicial, a teoria e novamente a prática, agora refletida e elaborada à luz do conhecimento teórico. Tal movimento, embora aparentemente simples, é complexo, porém imprescindível a um melhor encaminhamento do ensino que, por sua vez, só se justifica se for capaz de promover a aprendizagem.
Diante da necessidade de superar tal impasse e avançar na busca por uma melhor formação, destaca-se a importância de lançar mão de leituras sobre o processo educativo, inteirar-se de experiências de ensino bem sucedidas, ouvir exposições teóricas acerca da temática ensino e aprendizagem.
Importa para o acadêmico se reconhecer como uma singularidade em formação que sabe algumas coisas e tem um universo de outras coisas para aprender, de modo que perceba que uma postura sectária, uma percepção simplificadora e verdades cristalizadas sobre o contexto escolar não colaboram para sua formação.
Nesse sentido percebe-se a importância dos estudos introdutórios ministrados no decorrer do curso, como o I Painel realizado no inicio do semestre, que buscou integrar os acadêmicos a um novo aprendizado com diversos temas contextualizando o estágio.
Um dos temas apresentados no I painel foi desenvolvido sob o livro Pedagogia diferenciada: das intenções á ação do autor Philippe Perrenound, que questiona o estágio não contextualizado, fazendo observações quanto aos efeitos negativos da elaboração não eficaz de um projeto de intervenção. Mostrando adiante o convencimento da necessidade de alienação como melhor alternativa para consolidar o objetivo do projeto.
Retomando assim o conceito e fundamentação do projeto de intervenção como base referencial para o processo educacional deixando claro que os métodos adotados pela escola podem influenciar no seu desenvolvimento como o próprio autor coloca quando põe como proposta a apresentação das quatro dimensões (DIMENÇÕES) necessárias para sua realização já que tem por objetivo ter uma visão geral da necessidade da escola para sua elaboração. Este é, certamente, o ponto nevrálgico do projeto de intervenção, visto que fazer as relações entre aquele conhecimento teórico estanque e as situações práticas vivenciadas não é tarefa fácil.

4.1 ANÁLISE COMPARATIVA

4.1.1 RESENHISTA – ALINE BARROS DA ROCHA
Resenha: Planejando o estagio em forma de projeto

PERRENOUD, Philippe. Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artes médicas Sul, 2000.

Philippe Perrenoud, sociólogo suíço, e professor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação na Universidade de Genebra, é autor de vários títulos importantes na área de formação de professores, hoje considerados leitura obrigatória para os profissionais do ensino. Perrenoud é muito conhecido entre os educadores por suas obras e por suas idéias pioneiras sobre a avaliação em sala de aula. Foi depois do doutorado em Sociologia, em que estudou as desigualdades sociais e a evasão escolar, que o professor passou a se dedicar ao trabalho com alunos, às práticas pedagógicas e ao currículo dos estabelecimentos de ensino do cantão de Genebra.
No capítulo intitulado Planejando o estágio em forma de projetos do livro Pedagogia diferenciada, o autor Philippe Perrenound, apresenta a relevância do projeto de estágio em propiciar ao estagiário uma inserção profissional crítica, transformadora e criativa.
Dentro das possibilidades de um estágio eficaz, o autor aborda a intervenção através do projeto de estágio como concretização dos fundamentos do curso que procedem como mediador entre o processo formativo e a realidade no campo social.
Compreendendo assim os projetos como possibilidades metodológicas para cumprir as finalidades do estágio relação aos alunos que estão em processo de formação.
Sob esse foco, Perrenoud apresenta no texto 4 dimensões fundamentais que podem abranger os projetos de estágio. A primeira apresentada por Perrenoud, é a dimensão pedagógica, que exerce influência sob as questões de avaliação, sala de aula, práticas pedagógicas entre outros. A segunda dimensão dinamiza o setor organizacional, como o próprio nome já o define, envolve questões as questões administrativas e financeiras da escola. Posteriormente, a terceira dimensão, envolve a formação contínua, as condições do exercício profissional e a postura do professor e por final institui a dimensão social, que envolve a comunidade, cidade, cidadania, órgãos do governo de poder político e social entre outros.
Todas as dimensões citadas pelo autor, devem ser minuciosamente estudadas, visto que a importância do diagnóstico se faz presente em uma elaboração eficaz do projeto de estágio sendo assim possível uma visão geral das necessidades da escola.
O autor ainda contextualiza que as problematizações impostas pelo professor/orientador, quanto às necessidades diagnosticadas na escola, possibilita que o aluno em processo de formação faça uso das metodologias de projeto, já que vão lidar diretamente com situações concretas e não apenas com situações teóricas.
Para concluir o autor, enfoca com precisão a avaliação do projeto de estágio quanto a uma avaliação coletiva, ou seja, deverá envolver todos os segmentos que dele participam como os orientadores de estágio, os estagiários, os profissionais da escola e os alunos que de uma forma ou de outra participam ou forma atingidos pela finalidade do projeto.

4.1.2 RESENHISTA – CINTYA CORSINO CAMPOS
Resenha: Planejando o estagio em forma de projeto

PERRENOUD, Philippe. Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artes médicas Sul, 2000.

Philippe Perrenoud é sociólogo suíço, professor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação na Universidade de Genebra, autor de vários títulos importantes na área de formação de professores, hoje considerados leitura obrigatória para os profissionais do ensino. Perrenoud é um dos educadores mais conhecidos por suas obras e por suas idéias pioneiras sobre a avaliação em sala de aula e sobre a profissionalização do professor. Autor de "Avaliação - Da excelência à regulação das aprendizagens” e "Construir as competências desde a escola", “Pedagogia Diferenciada” e o best-seller “Dez novas competências para ensinar”. Foi depois do doutorado em Sociologia, em que estudou as desigualdades sociais e a evasão escolar, que o professor passou a se dedicar ao trabalho com alunos, às práticas pedagógicas e ao currículo dos estabelecimentos de ensino do cantão de Genebra.
Perrenoud ressalta no livro Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação que todo estagio para ser bem realizado, faz–se primeiro um projeto encaixando a necessidade dos alunos. Mas o primeiro passo a ser seguido e a escolha do tema, pois é através dela que será desenvolvido todo o projeto.
Segundo o autor o projeto faz com que o desenvolvimento de atitudes e habilidades nos estagiários com vista a um melhor resultado.
O autor fala que é de extrema relevância diagnosticar as deficiências de aprendizagem no aluno.
O autor retrata uma visão antecipada do que poderá acontecer e o objetivo que deverá alcançar, permitindo que o acadêmico cresça e perceba a importância do estágio em forma de projetos.
Portanto, percebe-se que é gratificante quando o trabalho realiza–se de forma positiva por parte de aluno, professores, escola, e colaboradores.

4.1.3 Resenhista – Edvanir da Silva Costa
Resenha: Planejando o estagio em forma de projeto

PERRENOUD, Philippe. Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artes médicas Sul, 2000.

O sociólogo suíço Philippe Perrenoud, é um conceituado professor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação na Universidade de Genebra, autor de vários títulos importantes na área de formação de professores, hoje considerados leitura obrigatória para os profissionais do ensino. Perrenoud é um dos educadores mais conhecidos por suas obras e por suas idéias pioneiras sobre a avaliação em sala de aula e sobre a profissionalização do professor. Autor de "Avaliação - Da excelência à regulação das aprendizagens” e "Construir as competências desde a escola", “Pedagogia Diferenciada” e o best-seller “Dez novas competências para ensinar”. Foi depois do doutorado em Sociologia, em que estudou as desigualdades sociais e a evasão escolar, que o professor passou a se dedicar ao trabalho com alunos, às práticas pedagógicas e ao currículo dos estabelecimentos de ensino do cantão de Genebra.
Perrenoud é uma referência essencial para os educadores no Brasil por propor o modelo educacional baseado num ciclo de avaliação de três anos, ou seja, em vez de um ano, a criança tem três para desenvolver as competências estabelecidas para aquela faixa etária. Assim, segundo o sociólogo, o aluno tem muito mais chances de não ser reprovado se não adquirir uma determinada habilidade em um ano, já que tem mais tempo para amadurecer e aprender.
A leitura do livro Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação, subsidia o processo de planejamento escolar e a conseqüente reformulação da Proposta Pedagógica por tratar, essencialmente, dos seguintes temas: fracasso escolar e democratização do ensino; diferenciação e práticas pedagógicas favoráveis à transferência de conhecimentos; individualização do currículo e otimização das situações de aprendizagem; gestão integrada do currículo de um ciclo de aprendizagem; organização modular de um ciclo de aprendizagem.
A obra faz uma abordagem sobre os principais domínios da pedagogia diferenciada. Cada um deles confronta-se com o mesmo dilema: como considerar as diferenças sem limitar cada aluno em sua singularidade, seu nível ou sua cultura de origem?
Considerar as diferenças é colocar cada aluno diante de situações ótimas de aprendizagem. As pedagogias diferenciadas aceitam esse desafio e propõem inovações nas maneiras de resolver o problema.
As pedagogias diferenciadas incluem-se no objetivo da escola, que é ode oferecer a todos uma cultura básica comum. Sem renunciar à diferenciação, o desafio a enfrentar é o de conseguir que todos os alunos tenham acesso a essa cultura e dela se apropriem.
Diferenciar o ensino é, portanto, fazer com que cada aprendiz vivencie situações fecundas de aprendizagem. Para se atingir esse princípio é preciso transformar a escola. Adaptar a ação pedagógica ao aprendiz não é renunciar a instruí-lo, nem abdicar dos objetivos essenciais. Diferenciar é lutar para que, diante da escola, as desigualdades se atenuem e para que o nível de ensino se eleve.
A preocupação de ajustar o ensino às características individuais não surge somente do respeito às pessoas e do bom senso pedagógico. Ela faz parte de uma exigência de igualdade: a indiferença às diferenças transforma as desigualdades diante da cultura, em desigualdades de aprendizagem e, posteriormente, de êxito escolar.
Constata-se uma mudança progressiva de paradigma, ou seja, a individualização da ação pedagógica em uma organização escolar imutável, cede espaço à teoria da individualização dos percursos de formação, que pressupõe uma ruptura com os graus e programas escolares anuais.
Segundo Perrenoud, a diferenciação da pedagogia e a individualização das trajetórias de formação têm sido o fio condutor das políticas educacionais em países desenvolvidos. A obra apresenta uma abordagem global e sistêmica, partindo de uma sociologia da educação fundamentada na sociologia das organizações e do trabalho.
Não há, a priori, a preocupação com a análise das dificuldades escolares dos alunos, embora o seu objetivo esteja voltado para a discussão das diferenças entre crianças e adolescentes. O tema relativo à diferenciação, abordado pelo autor, diz respeito aos professores e ao sistema educativo. O argumento para tal opção, baseia-se no fato de que a única variável mutável são as práticas e os dispositivos pedagógicos e didáticos, ou seja, o trabalho dos profissionais e as estruturas que o tornam possível e traçam igualmente os seus limites.
Perrenoud tece referências às reflexões que deram origem às pedagogias diferenciadas como pedagogias racionais, concebidas para neutralizar um dos principais mecanismos de fabricação do fracasso escolar e das desigualdades. Enfatiza a necessidade de se dispor de um modelo explicativo do fracasso. Lembra que, antes de adotar o princípio das pedagogias diferenciadas, os sistemas educativos acreditavam no apoio aos alunos em dificuldade, como alternativa à reprovação. Sob esse foco, Perrenoud apresenta no texto 4 dimensões fundamentais que podem abranger os projetos de estágio. A primeira apresentada por Perrenoud, é a dimensão pedagógica, a segunda dimensão dinamiza o setor organizacional, e posteriormente, a terceira dimensão,
O livro se propõe a uma revisão sobre: a) as teorias de aprendizagem e de ensino; b) a concepção da diferenciação; c) o lugar da avaliação como modo de regulação; d) a teoria da relação e da distância cultural. Questões mais recentes e emergentes são analisadas, tais como a da individualização do currículo e dos percursos de formação. O autor argumenta que a criação de ciclos de aprendizagem leva a repensar e a reordenar radicalmente tempos e espaços de formação.
O objetivo é demonstrar que a pedagogia diferenciada não desconsidera a didática das disciplinas, as teorias da aprendizagem escolar, os trabalhos sobre a avaliação formativa, as regulações e a metacognição. Ela questiona, no entanto, as correntes de pesquisa e tenta levá-las a contribuir com procedimentos didáticos que favoreçam tanto a construção de conhecimentos transmissíveis, como o desenvolvimento de competências.
A proposta é que seja estabelecido um contrapeso ao "excesso didático", sem, por outro lado, voltar ao "excesso relacional" desprovido de contexto social. No âmago das heterogeneidades de desenvolvimento intelectual, encontram-se "ínfimas e derradeiras diferenças" concernentes à psicologia, à sociologia e à antropologia, mais do que às abordagens didáticas e pedagógicas clássicas. Isso não quer dizer que elas não se refiram aos valores e sentimentos. Investem, igualmente, nos saberes, na relação com o saber e nos procedimentos intelectuais mais abstratos. Conforme as normas que utiliza em favor de sua autonomia, o professor atenua ou agrava a distância entre certos alunos e a escola. Essa é uma característica das pedagogias diferenciadas freqüentemente esquecida ou subestimada.
O autor desenvolve o conceito de individualização dos percursos. Para ele o currículo dos alunos é individualizado de fato, seja qual for à pedagogia em vigor. Não se trata de introduzir uma individualização que já existe, mas, de "dominá-la" para que a experiência de cada pessoa se torne uma sucessão otimizada de experiências formadoras. Para avançar nesse sentido, não é possível, nem desejável, generalizar um atendimento individualizado, concebido como a relação dual entre um formador e um aluno. O verdadeiro desafio é imaginar dispositivos que favoreçam interações entre alunos, no âmbito de diversos grupos de trabalho, sem impedir uma individualização da "trajetória" de cada um.
A estruturação do programa escolar em níveis ou graus anuais é questionada. A individualização dos percursos não se desenvolverá a não ser que se liberte dessa herança, criando verdadeiros ciclos de aprendizagem. O sistema educativo encerrou-se em um tipo de organização que permitiu a escolarização de massa. Agora, torna-se necessário repensá-la, partindo do princípio de que uma reorganização da escolaridade não tem valor, a não ser que permita a mais alunos aprenderem melhor.
Os ciclos de aprendizagem, no entanto não pode ser considerada unicamente como uma extensão das medidas de auxílio aos alunos com dificuldades ou em situação de fracasso escolar. Eles só têm valor se tornam possível uma melhor formação de base da totalidade dos alunos. A virtude das estruturas não reside nos textos, mas, fundamentalmente, em sua aplicação no cotidiano, por atores que definem tarefas, responsabilidades e cooperações necessárias às quais deixam uma ampla margem de interpretação e autonomia.
O funcionamento mais provável de um ciclo de aprendizagem rompe com os graus anuais. Ele deve se constituir em um espaço-tempo de formação sem nenhuma estruturação interna estável, o que supõe, por um lado, dispositivos muito fortes e eficientes de acompanhamento e de regulação das progressões individuais e, por outro, um repertório de dispositivos didáticos flexíveis e de habilidades avançadas, em matéria de agrupamentos de alunos e de organização do trabalho. A regulação ótima das situações de aprendizagem cotidianas e das progressões em longos períodos supõe uma organização do trabalho que alie rigor e imaginação, ou seja, uma equipe pedagógica tão coerente quanto qualificada.
A alternativa proposta será a de adotar uma organização alternativa mais estável, interna a cada ciclo, conforme uma lógica modular. Tal hipótese tem o mérito de obrigar a buscar as origens do fracasso escolar na análise do trabalho docente. Organizando a escolaridade por módulos temáticos, será favorecida uma gestão de "fluxos reduzidos", permitindo um investimento que só se encerrará quando o objetivo for atingido.

4.1.4 RESENHISTA: ELCIANE DOS ANJOS SILVA
Resenha: Planejando o estagio em forma de projeto

PERRENOUD, Philippe. Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artes médicas Sul, 2000.

Philippe Perrenoud é um sociólogo suíço que é uma referência essencial para os educadores em virtude de suas idéias pioneiras sobre a profissionalização de professores e a avaliação de alunos. Perrenoud é doutor em sociologia e antropologia, professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Genebra e diretor do Laboratório de Pesquisas sobre a Inovação na Formação e na Educação (Life), também em Genebra.
No livro esboçado acima, Perrenoud, declara que antes de executar o estágio, faz–se um projeto encaixando a necessidade dos alunos. Todo projeto tem suas regras, começando pela escolha do tema, a escolha é a base, pois é através dela que será desenvolvido todo o projeto, podendo ser desenrolado com duas ou mais pessoas.
Segundo o autor o projeto proporciona o desenvolvimento de atitudes e habilidades nos estagiários com vista a um melhor desempenho profissional.
O autor propõe que é de extrema relevância diagnosticar as deficiências de aprendizagem no aluno, e critica de forma construtiva a busca de novos caminhos para superar os problemas encontrados.
A execução do estágio em forma de projetos é um grande passo, desde que os docentes adotem metodologia coerente sob o que realmente almeje alcançar, pois no final serão avaliados pelos orientadores de estágio, os estagiários, os profissionais da escola e os alunos que faz – se parte integrante do projeto.
O autor retrata muito bem esta questão, mostrando em seu livro Pedagogia diferenciada, uma visão antecipada do que poderá acontecer e o objetivo que deverá alcançar, permitindo que o acadêmico cresça e perceba a importância do estágio em forma de projetos.
Portanto, nota–se que é gratificante quando o trabalho realiza–se de forma positiva por parte de aluno, professores, escola, e colaboradores, levando o conhecimento de forma diferenciada e interdisciplinar, contribuindo para a formação de professores e troca de experiências satisfatórias.

4.1.5 RESENHISTA: HILDEENE NERES
Resenha: Planejando o estagio em forma de projeto

PERRENOUD, Philippe. Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artes médicas Sul, 2000.

Philippe Perrenoud é um sociólogo suíço que é uma referência essencial para os educadores em virtude de suas idéias pioneiras sobre a profissionalização de professores e a avaliação de alunos. Perrenoud é doutor em sociologia e antropologia, professor da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Genebra e diretor do Laboratório de Pesquisas sobre a Inovação na Formação e na Educação (Life), também em Genebra.
De acordo com o autor no livro Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação, a postura que assumimos em relação ao estagio é compreendê-lo como um dos componentes curriculares dos cursos de formação de educadores, nesse sentido, a realização de estágios sob a forma de projetos de pesquisas de interação e de intervenção mostra - se como caminho teórico-metodológico que melhor possibilita a concretização dos fundamentos e objetivos do curso. Os estágios desenvolvem nos estagiários uma vista melhor de aprendizado para seu futuro, configurando um processo de formação contínua, e criará ambiente propício à transformação das praticas existentes.
“Todo projeto é uma tomada de posição diante da realidade natural, social e humana! E é, nesse sentido, sempre um processo avaliativo em relação ao existente. Todo projeto traz embutida uma concepção de ser humano e uma concepção de sociedade, mesmo quando finge passar por não – ideológico. O projeto é uma maneira de superar o contexto existente, criando o novo pela razão, emoção e ação.” Vale(1999, p.5)

Para se realizar estágios deve – se preparar para que não haja algum tipo de constrangimento na atuação na escola. No período de estagio, precisamos continuamente planejar e replanejar, para que possamos atingir os nossos objetivos, refletir sobre o concreto da realidade escolar e corrigir os desvios do processo.
O projeto desenvolve uma atitude de cooperação do estagiário com o professor orientador e destes com os profissionais das escolas, formando uma verdadeira comunidade de formação.

4.2 ENCONTRO DA TEORIA COM A PRÁTICA

4.2.1 ALINE BARROS DA ROCHA
O desafio de educar implica em descobrir meios que promovam e facilite a aprendizagem, visando preparar os educandos para a vida. Sempre que possível, o educador, deve analisar as teorias aprendidas junto à prática pedagógica. Quando se pensa, existe a possibilidade de se questionar e com o questionamento há a possibilidade de mudar, de progredir, de aperfeiçoar-se. E isso só ocorre a partir de uma reflexão sobre si mesmo e suas ações. A analise da prática leva a descobrir falhas e possibilidades de melhoria. Quem não reflete sobre o que faz acomoda-se, repete erros e não se mostra profissional.
Com base na leitura do livro Pedagogia Diferenciada de Philippe Perrenound, e a prática vivenciada em sala de aula, percebe-se que bom profissional de ensino deve ser um professor completo, um profissional que conheça profundamente o campo do saber ao qual pretende atuar, detentor de senso crítico, conhecedor da realidade, da globalização que o cerca, para então fazer analises criteriosas da teoria aprendida, dos conteúdos a serem ensinados de modo a proporcionar aos discentes a produção de novos conhecimentos. Para tanto deve inovar e criar métodos didáticos de ensinar a seus alunos com magnitude.

4.2.2 CINTYA CORSINO CAMPOS
O professor precisa sentir que sabe aquilo que está fazendo, que entende aquilo que executa e que tem referencial teórico para embasar a sua atuação. Se isso não acontece, ele sente que não há adequação nas suas decisões, pois se vê determinado a agir diferentemente de seus pensamentos.
Alicerçando o encontro da teoria com a prática, baseando-o na leitura do livro Pedagogia Diferenciada de Philippe Perrenound, pode-se observar que o projeto no estagio, é de extrema importância visto que contribui para diagnosticar as deficiências presentes na educação.

4.2.3 EDVANIR DA SILVA COSTA
Percebe-se, com base no referencial teórico do livro Pedagogia diferenciada, que é fato existir a resistência dos que só acredita em aulas expositivas e dão pouco crédito ao planejamento, discussão e execução coletiva de um projeto. Mas isso não seria difícil de reverter num cenário mais digno e valorizado, onde quem busca o novo não precisa ser tão penalizado.
As instituições precisam oferecer – mais do que discursos ou imposições de panacéias maravilhosas – apoio pedagógico de qualidade e recursos materiais e humanos adequados para o trabalho na sala de aula e fora dela. Isso sim, potencializaria os esforços dos educadores em busca dos tão almejados resultados, é hora de parar e refletir sobre o mito de que, quando o professor é divertido, criativo e dinâmico e usa diversas ferramentas de ensino, o aluno aprende. Sem dúvida, esses elementos são importantes, mas por si só, insuficientes.
Para que o aluno possa aprender é necessário que ele esteja motivado, que estude, faça as lições e se esforce. Só aulas maravilhosas não bastam. Quanto às mudanças nas linhas pedagógicas, as propostas deveriam ser precedidas de um projeto piloto para testar sua eficácia, prever os problemas que podem surgir e já propor uma solução antes da aplicação em todo o sistema. Outra questão crucial – raramente abordada – é a parcela significativa de culpa da sociedade que, cada vez mais consumista e imediatista, se voltam à busca do prazer e à criação de desejos e necessidades. A mídia dá um valor absurdo à fama, ao poder e ao dinheiro. O discurso teórico defende que a Educação é imprescindível, mas o que se vê na prática é um endeusamento do que é fácil e do que dá prazer imediato. E aprender, muitas vezes, é difícil e sofrido. Com o saber desvalorizado, a escola e o papel do professor também ficam desprestigiados.
Contudo, o professor/aprendiz precisa de reconhecimento, afinal, seu trabalho envolve coragem para enfrentar o novo, para assumir o risco iminente de errar e ter que repensar seus caminhos a todo o momento. Suas produções, por mais modestas que se apresentem, são genuínas, produzidas na escola, a partir de um vínculo seu com seus alunos e buscam uma educação de qualidade e, sobretudo, com foco no diálogo educador-educando, em busca da formação da consciência crítica.

4.2.4 ELCIANE DOS ANJOS
A teoria é um momento de reflexão e conhecimento que possibilita a aproximação na execução da pratica.
A pratica foi aplicada com fundamentação na teoria, usando atividades lúdicas de acordo com o exercício para desenvolver a habilidade de escrever. Como a coordenação motora fina e grossa, o equilíbrio corporal, usando a corda para que os alunos passassem com os olhos vendados, a percepção com objetos usando o tato, a lateralidade enfocando a esquerda e direita entre outros.
Percebe – se que a teoria e pratica andam juntas dependendo uma da outra constantemente, tanto no trabalho como no projeto, necessitam de uma fundamentação teórica para aplicar as atividades com coerência e segurança do que esta sendo passado.
Com base na leitura do livro Pedagogia Diferenciada de Philippe Perrenound, pode-se observar que o valor do projeto no estagio, sendo executado de forma coerente, pode-se obter resultados impregnado-os com os objetivos relatados no projeto. Lembrando que o diagnostico é um requisito importante para atingir o resultado esperado, como a observação da estrutura da escola, dos alunos, tentando diagnosticar os problemas presentes, para ao menos reduzi–los, já que não pode solucioná-los de uma só vez.
A avaliação é um momento chave para refletir, os resultados positivos ou negativos, e de acordo o resultado da avaliação será possível trabalhar ou melhorar os verdadeiros problemas existentes.

4.2.5 HILDEENE NERES
Independente da influência exercida pela experiência cotidiana, qualquer profissional que use da reflexão sobre seu trabalho precisa de um embasamento teórico sobre aquilo que está praticando. Isso porque a prática deve estar justificada, bem como ser comprovada, caso ocorram questionamentos sobre ela.
Percebe – se que a teoria e pratica andam sempre juntas dependendo uma da outra constantemente.
Com base na leitura do livro Pedagogia Diferenciada de Philippe Perrenound, observa – se o projeto no estagio, sendo executado de forma coerente, pode-se obter resultados inesperados com os objetivos ressaltados no projeto.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A possibilidade de se desenvolver projetos de intervenções em equipes interdisciplinares abre espaço ao resgate da reciprocidade afetiva, equilíbrio nas relações e a uma potencialização no processo de aprendizagem.
O projeto de intervenção aplicado aos alunos do curso de Pedagogia da Instituição AEDCON, partiu de uma demanda de fatores que não só interferem na aprendizagem, como no desenvolvimento da socialização dos futuros profissionais com a escola, instalando a necessidade de desenvolver e aprimorar habilidades dos professores para lidar com situações cotidianas. Assim, o resgate da autoridade do professor através do seu envolvimento emocional com os alunos parece ser fator essencial no processo de intervenção.
Por meio da qualificação na relação professor-aluno, este projeto resultou em mudanças efetivas nas atitudes dos cursandos, já que permitiu não só adquirir, mas expor seus próprios conhecimentos sobre o assunto abordado, suscitando idéias, modificações e estratégias educativas, favorecendo romper com o antigo padrão de relacionamento, desenvolvendo uma relação de maior envolvimento no projeto.
Sendo assim, mesmo que se evidencie um despreparo na estrutura escolar de forma geral para atender as diversidades contemporâneas que se expressam no espaço escolar, é possível se pensar em intervenções interdisciplinares criativas por meio dos recursos oferecidos pelas próprias instituições. Alternativas simples que visem o resgate e fortalecimento da relação professor-aluno e, principalmente, o apoio que se possa oferecer ao professor na superação das dificuldades de manejo do dia-a-dia, podem vir a ser estratégias muito potentes de otimização das relações que se estabelecem no processo de ensino-aprendizagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica: Técnicas e Jogos Pedagógicos. São Paulo, 8ª ed. Editora Loyola, 1995. 203 pg.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: Secretária da Educação Fundamental – Brasília: 1998, 3° Vol.

BRASIL, Ministério da Educação. Programa parâmetros em ação, Meio Ambiente na Escola: Guia do Formador/Secretária da Educação Fundamental – Brasília: MEC; SEF, 2001. p.107

FERREIRO, Emília. Alfabetização em processo. São Paulo, 13° ed. Ed. Cortez, 2001, 136 pg.

_______________. Psicogênese da Linguagem e da Escrita. Porto Alegre, Artes Médicas, 1986, 112 pg.

_______________. Os filhos do Analfabetismo. Porto Alegre, Artes Médicas, 1990, 153 pg.

_______________. Os processos de leitura e escrita. Porto Alegre, Artes Médicas, 1992, 96 pg.

GERALDI, João Wanderley (org.). O Texto na Sala de Aula. p.36. São Paulo: Ática, 2002.

HERNÁNDEZ, Fernando. Transgressão e mudança na educação - projetos de trabalho. . Porto Alegre: Artmed Editora, 1998.

MENEGASSI, R. J. Compreensão e interpretação no processo de leitura: noções básicas para o professor. Revista Unimar, Maringá, v.17, n.1, p. 85-94, 1995.

PERRENOUD, Philippe. Formando Professores Profissionais – Quais Estratégias? Quais Competências? Porto Alegre: Artes Médicas.

________. Dez Novas Competências para Ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas.

________. Pedagogia Diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artes médicas Sul, 2000.

MICOTTI, Maria Cecília de Oliveira. Piaget e o processo de alfabetização, São Paulo, 2ª ed. Ed. Pioneira de Ciências, 1987, 157 pg.

RIZZO, Gilda. LEGEY, Eliane. Fundamentos e Metodologia da alfabetização método natural. Rio de Janeiro, 3ª ed. Ed. Francisco Alves, 1985, 182 pg.

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO E CULTURA – Referencial Curricular – Ensino Fundamental do 1° ao 9° ano, vol. 1, 2006, Tocantins.

SILVA, E.T. da. O Ato de Ler: Fundamentos Psicológicos para Uma Nova Pedagogia da Leitura. São Paulo: Cortez, 1996.

SOLÉ, I, TANCREDI, R.M.S. Estratégias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.

TEBEROSKY, Ana. Psicopedagogia da Linguagem Escrita. São Paulo: Ed. Trajetória Cultural, 1989, 98 pg.

_____________. Aprendendo a Escrever. São Paulo: Ed. Ática, 1991, 197 pg.

0 comentários: