Ler um “texto” implica não só aprender o seu significado, mas também trazer para esse texto a experiência e a visão de mundo como leitor. E a cada leitura que se faz essa interação dinâmica leitor/texto favorece a produção de um novo texto, dando ensejo à expressão de uma linguagem diferenciada. Ao conceber o ato de ler como um processo dinâmico, naturalmente se está priorizando a formação de um leitor crítico e criativo. É evidente que a formação desse leitor não depende exclusivamente da escola, mas cabe a ela uma parcela da responsabilidade nesse trabalho. Na prática, o que se observa é que a escola não vem desenvolvendo as atividades de leitura dentro dessa perspectiva ampla. Sendo função básica da escola ensinar a ler e a escrever. Ela vem privilegiando a leitura do escrito em detrimento da “leitura do mundo” que a criança já faz e traz para a escola, enfatizando somente o trabalho de levar a criança a adquirir os mecanismos básicos de grafia que lhe permitem o acesso ao mundo do escrito.

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