Ao entrar na escola, a criança, independentemente do domínio da palavra escrita, já é capaz de falar sobre suas experiências e o mundo que a rodeia. Essa expressão é a manifestação de uma leitura da realidade que ela já faz e continuará fazendo, dentro e fora da escola. Para propiciar o desenvolvimento dessa leitura , é preciso que a escola e a sala de aula se transforme num ambiente estimulador das mais variadas situações, o que irá permitir que as crianças manifestem a leitura que fazem do “real” que as cercam, ou seja, manifestem livremente a compreensão e o questionamento que fazem a partir dessa leitura. O trabalho conjunto com outras áreas do currículo como: Educação física, Educação artística, Estudos sociais, Ciências e Matemática. Propiciará o diálogo da criança com a realidade, contribuindo para que ela venha a utilizar diferentes modos de expressão, como participar de jogos dramáticos, a utilizar mímica, dança, música e desenho estarão desenvolvendo a manifestação dessa “leitura do real.” Devendo pois, ter continuidade ao longo de todas as séries procurando assim a escola introduzir a criança no mundo do escrito.
Atrás da leitura do escrito a criança pode reconhecer não só a leitura do real, que ela já faz, mas também estar aberta a outras visões de mundo, com as quais poderá dialogar, modificando, enriquecendo, questionando o texto do “outro” e/ou sua própria realidade. Devendo ocorrer essa iniciação da leitura do escrito através do contato da criança com pequenos textos de duas ou três frases encadeadas, em que as palavras são repetidas e as ilustrações ocupam um espaço maior equivalente ao do texto escrito. Dessa forma ela vai manipular com exatidão o “texto” adquirindo com o tempo maior velocidade no ato de decodificação dos signos lingüísticos, aumentando a sua possibilidade de interação com textos mais intensos.

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