Os behavioristas afirmam que o conflito entre os objetivos que as organizações que individualmente cada participante pretende alcançar, nem sempre se deram muito bem já que segundo eles os autores behavioristas têm feito distinções entre problema, dilema, e conflito. Onde um problema envolve uma dificuldade que pode ser solucionada dentro de um quadro de referência formulado pela organização, pelos precedentes utilizados, pela solução ou pela aplicação de diretrizes existentes entre outros pontos fundamentais. Segundo Chiavenato (1997) existe o conflito quando um indivíduo o grupo se defronta com um problema de decisão entre duas alternativas incompatíveis entre si ou adota uma e se contrapõe outra ou vice-versa.
Dessa forma compreende-se que a estrutura, a liderança diretiva e os regulamentos e controles administrativos existentes nas organizações são inadequadas para os indivíduos maduros, pelo qual, pode existir um conflito entre indivíduo e organização. Os princípios de organização formal fazem exigências aos indivíduos qual as compõe. Maslow (1954) ressalta que algumas dessas exigências são incongruentes com as necessidades dos indivíduos, daí surgindo a frustração, o conflito, o malogro e a curta perspectiva temporal como resultantes previstos dessas incongruências. Embora segundo o autor seja perfeitamente possível a integração das necessidades individuais de auto-expresão com os requisitos de produção de uma organização; as organizações que apresentam um alto grau de integração entre objetivos individuais e organizacionais são mais produtivos do que as outras e dessa forma ao invés de reprimir o desenvolvimento e o potencial do indivíduo, as organizações podem contribuir para sua melhoria.
A responsabilidade pela integração de objetivos organizacionais e pessoais recai sobre a alta administração. A interdependência entre as necessidades do indivíduo e da organização é imensa, seus objetivos estão unidos, em ambas as partes devem contribuir mutuamente para o balance de seus respectivos objetivos.
Barnard (1971) afirma que o indivíduo deve ser eficaz e ser eficiente ressaltando ainda que os conflitos entre os objetivos organizacionais e objetivos das pessoas são inevitáveis. As pessoas se juntam e formam organizações para através destas alcançarem seus objetivos individuais, os quais não seriam possíveis de ser alcançados sozinhos. Contudo, a relação organização versus pessoa, além de dinâmico é complexo. Sendo possível entender que os objetivos individuais são variáveis de acordo com a percepção de cada pessoa. Já os objetivos organizacionais resultam da vontade grupal da qual o indivíduo faz parte, independente de sua expectativa motivacional. A tendência de uma organização bem sucedida é crescer. Porém, a medida que crescem as organizações precisam de mais indivíduos para comporem a unidade produtiva.
E sendo assim os novos indivíduos vão perseguir objetivos individuais diferentes daqueles que formaram a organização originalmente. Esse fato faz com que os objetivos organizacionais se distanciem gradativamente dos objetivos individuais dos novos componentes, causando os conflitos organizacionais. Nessa perspectiva, nem sempre o relacionamento entre as pessoas e a organização é satisfatório e cooperativo, podendo descambar para a tensão e o conflito.
Segundo Chiavenato (2002) os conflitos organizacionais ocorrem quando, por exemplo: a redução de custos esbarra na expectativa de melhores salários; o aumento da lucratividade conflita com maiores benefícios social; a produtividade na conta com o esforço necessário dos operários; a coordenação perde a autonomia; a autoridade não é consentida; o que é bom para um nem sempre é bom para o outro, etc. Contudo Chiavenato (2002) enfatiza que é necessário um vigoroso processo de integração de objetivos, visando evitar a desmotivação e a conseqüente queda da produtividade que poderá levar a organização a um processo entrópico e, por fim, à morte e que a parcela maior de responsabilidade pela integração entre os objetivos organizacionais e os objetivos individuais recai sobre a organização.
Nesse sentido cabe então a organização estabelecer os meios, as políticas, os critérios e o mais necessário para proporcionar aos indivíduos o conhecimento pleno de suas possibilidades dentro da organização, cabendo-lhe a decisão final de fazer parte ou não da mesma. O que permite ressaltar a interação psicológica como basicamente um processo de reciprocidade. Onde a organização espera que o indivíduo colabore com a produção e o indivíduo espera que a organização se comporte justamente, seja através de remuneração adequada, seja através de um confortante clima organizacional proporcionado.
O provável é que as necessidades organizacionais e individuais são interdependentes. Um precisa do outro para alcançar seus objetivos, onde ambas as partes devem contribuir mutuamente para o alcance dos respectivos objetivos.

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